“Turma da Mônica” é um sucesso no cinema e agora começa a traçar seu caminho nas séries, dessa vez na Globo Play.

Após o fim do último filme, encontramos a Turma deslocada. Afinal, agora eles são pequenos demais para frequentar os espaços dos adolescentes, mas também estão muito grandes para ficar no parquinho. Dessa forma, encontram no bairro do Limoeiro uma cabana, e juntos iniciam uma reforma para tornar aquele lugar seu novo clube. Contudo, chega Maria Fru Fru, uma menina rica que se mostra bem esnobe. E, com uma rivalidade quase instantânea com Mônica, o grupo se divide.

Durante uma festa, Fru Fru tem seu momento Carrie e um balde de lama cai em sua cabeça. Automaticamente Mônica se torna suspeita e a série conta essa trama em cada episódio, pelo ponto de vista de um personagem e aos poucos vamos entendendo e ligando os pontos.

Para além da investigação, a série da Globo Play é sobre pertencer e o que fazemos para isso. Todos, de alguma forma, enfrentam esse dilema. Seja o Cascão que passa a ter dificuldade para encontrar um lugar para si, Cebolinha que tenta falar “nolmalmente”, Magali que não consegue dizer “não” e até mesmo Fru Fru que passa uma imagem diferente pela pressão que recebe em casa. E toda essa temática é um espelho dessa idade, aquela idade em que não somos mais tão novos, mas também ainda não somos velhos. Um momento em que começamos a definir nosso próprio estilo, mas também estamos sobre as regras dos adultos.

“Turma da Mônica” é complicado de se adaptar, pois crianças crescem rápido, mas dada a adequação do elenco, imagino que seja justo começar a sonhar com uma adaptação de “Turma da Mônica Jovem”, para cinema e/ou streaming. Afinal, crescer faz parte.