“Viva a Vida” traz a história de Jéssica, que em um dia comum de trabalho, encontra um medalhão idêntico ao que sua mãe falecida lhe deixou. Surpresa, ela parte com Gabriel para Israel em busca de descobrir as origens desse objeto misterioso.

O filme é repleto de frases de efeito, flashbacks e decisões que parecem ter sido escritas de última hora ou improvisadas. Em vários momentos, fica difícil entender quem é quem na história e por que certas decisões são tomadas. Gostaria de conhecer o roteiro original do filme, pois, talvez, a edição tenha prejudicado a história.

Jéssica, interpretada pela talentosa Thati Lopes, traz uma personagem que, sozinha, seria capaz de carregar um filme de comédia. Ela equilibra muito bem o drama e a comédia, sendo, sem dúvida, a melhor personagem do filme, ao lado de Ramirez (personagem de Diego Martins), que também entrega ótimos momentos de humor.

Jonas Bloch interpreta um personagem que, a princípio, parece ser carrancudo, mas ao longo da jornada, passa por uma transformação emocionante. No entanto, essa virada acontece de forma abrupta, quase sem construção, o que pode causar estranhamento. O ponto negativo do filme fica por conta das atuações de Regina Braga e, especialmente, de Rodrigo Simas. A personagem de Regina tem um arco emocional importante, mas sua decisão no ápice do filme parece forçada, quase improvisada, o que torna difícil de acreditar. Rodrigo Simas tenta acompanhar Thati Lopes na comédia, mas sua atuação destoante faz seu personagem parecer monótono, com falas que soam decoradas e sem naturalidade.

Em resumo, “Viva a Vida” é um filme leve, quase um clássico da sessão da tarde. Para aqueles que apreciam um romance meloso, certamente é uma experiência que vai tocar seu emocional.

Texto por Felipe Coelho e adaptado por Frednunes