Crítica: Blue Exorcist
“Blue Exorcist” é outro anime que nasce na década de 10 e que após um período tímido, volta aos holofotes, mas que nesse caso não demonstra a mesma força.
Rin e Yukio são filhos de Satã, mestiços por serem filhos dele com uma mulher humana. Contudo, os dois nascem com uma diferença crucial, pois mesmo sendo gêmeos, Rin herda os poderes de seu pai enquanto Yukio, não. Enquanto crescem, os dois são cuidados por um Padre, que também é um Exorcista. Tudo muda quando, um dia, Satã tenta possuir esse Padre para vir ao mundo, mas é detido por Rin. E, assim, o jovem passa a querer vingar a morte de seu Pai, entrando numa escola para exorcistas, mas tudo isso enquanto esconde sua verdadeira origem e lida com fato de que seu irmão frágil é um prodígio e seu professor.
Na época de seu lançamento, o anime fez um barulho. Digo isso pois, por um tempo, ele era o queridinho das redes sociais, grupos de amigos e cosplayers. Muito disso se devia não pela história em si, mas pelo universo colorido e cheio de vida com seus personagens carismáticos. Contudo, isso não é mais o suficiente.
Muito disso não acontece apenas pela pausa, mas sim que a forma que encerram a primeira temporada é um excelente final. E, em uma era onde os finais desapontam tanto, esse movimento do público faz pesar os retornos. Inclusive, temos outras produções que retornam para serem concluídas e mudam finais originais buscando essa aprovação. Contudo, isso não torna o anime menos interessante. Apenas deslocado em seu tempo e proposta. E isso o fez ter adesão das “viúvas”, enquanto os novos erguem uma resistência.
“Blue Exorcist” é, de certa forma, um sobrevivente e herói por manter e se manter.