Crítica: Círculo de Fogo – A Revolta
“Círculo de Fogo – A Revolta” é a continuação que todos pediram a Warner, mas nem todo desejo atendido é bem aceito.
A continuação é uma adaptação para a nova geração. Temos aquele que não quer ser a sombra do seu pai, mas ainda sim quer ser um herói. Temos a fã que sabe de cor cada segundo histórico que envolve os Jaegers. E, de certa forma, alguém da geração passada que agora se corrompeu e é o vilão. Sem Del Toro, aqui temos a sequência que tenta replicar o sucesso do primeiro, apenas crescendo a escala da ameaça. Ou melhor, a escala dos Kaijus.
A maior sensação que temos ao longo do filme é que ele tenta, e muito, te fazer lembrar do primeiro. Seja com as referências, com os herdeiros dos Jeagers ou com o humor que ri de si mesmo. Contudo, ao mesmo tempo, ele reduz a escala para tentar ser único. E isso é claramente visto nos robôs, onde os atuais tendem a ter um apelo muito maior, mesmo sem o protagonismo.
Para além disso, ele faz a check list de filmes do gênero. Protagonistas opostos que trabalham juntos, uma ameaça gigante, um robô menor mais ágil, uma luta que destrói quase toda a cidade. A mente fértil da equipe faz desaparecer um pouco da realidade que Del Toro transparece no primeiro longa. Se antes era possível imaginar estar em um desses mechas, agora isso não é tão fácil de ser visualizado.
“Círculo de Fogo – A Revolta” é um filme B, um segundo como a letra do alfabeto.