Crítica: Animais Fantásticos – Os Segredos de Dumbledore
“Animais Fantásticos – Os Segredos de Dumbledore” é o terceiro da franquia de Harry Potter da Warner que não tem o Harry Potter.
A franquia “Animais Fantásticos” sempre teve uma missão difícil. Afinal, seu material base é um pequeno livro e conta uma história que, quem conhece um pouco do universo bruxo, já sabe o final. Tendo esse spoiler de que em algum momento Dumbledore vai, certamente, derrotar Grindewald, a jornada deveria ser o foco. Mas é justamente nela onde essas produções vem pecando.
Nesse terceiro filme temos uma abordagem da política do mundo bruxo. Com o nascimento de um animal mágico que pode ver a alma da pessoa, e com isso escolher um líder “bom”, temos a desculpa para Newt participar da trama. Porém, durante o parto, sua mãe é morta por seguidores de Grindewald e o filhote levado, mas nasceram gêmeos e o segundo é resgatado por Newt. Sendo assim, o grupo tem de proteger esse bebê até a eleição.
Com isso, e com o planejamento, toda a franquia recebe o status de “arrastada”. O filme tem cerca de duas horas e mais do mesmo acontece. Facilmente, cerca de trinta minutos do filme poderiam ser cortados ou, pelo menos, adiantados. A separação do grupo para confundir Grindewald é esperta, mas as tramas isoladas são desinteressantes. Há um momento específico que só é feito para que tenhamos uma criatura mágica nova, e que Newt tenha um momento de humor por conta de seus conhecimentos.
“Animais Fantásticos – Os Segredos de Dumbledore” é o “Morbius” dos fãs de Harry Potter. Afinal tenho certeza que vai agradá-los, mas sem esse apego emocional, é interminável. E pensar que ainda teremos mais dois filmes pela frente!
Aguardando o momento de assistir 🥰🥰