“Filho da Mãe” é um documentário que nasce acompanhando a produção do espetáculo de mesmo nome, mas que pelo destino, se torna algo muito maior.

Paulo Gustavo é um dos maiores nomes recentes do entretenimento brasileiro. Digo entretenimento, pois ele estava em todos os lugares, seja séries de TV, o palco do Teatro ou as telas do Cinema. De todos os seus personagens, o destaque é Dona Ermínia, inspirado em sua mãe. Esse espetáculo trazia essa dinâmica para o palco, mas ao vivo. Aqui, ela e Paulo interagiam sobre assuntos diversos, mostrando que o filme era sim bem fiel a realidade.

Em 2019 tivemos o início da COVID-19. Mais tarde, o que começou em um país se tornou mundial, reflexo da velocidade e interação que temos entre cada nação. Pouco depois, temos a quarentena, que faz com que as pessoas conscientes e sãs evitassem sair de suas casas. Infelizmente, aqui no Brasil, tivemos uma contramão da sanidade, em que incompetentes que se sentavam em cadeiras decisivas ignoravam qualquer recomendação digna. Isso acarreta no Brasil se tornando um risco para todo o mundo. É nesse contexto que Paulo contraí a doença e mais tarde, apesar de todas as tentativas, acaba não resistindo.

Claro que fiz apenas um resumo dos acontecimentos, mas a verdade é que a pandemia ganhou um outro peso após a perda de Paulo Gustavo. Afinal, além de sua popularidade extrema, ele era visto constantemente, em suas redes, manifestando o receio, o desejo pela vacina e mostrando também aqueles que deixou, como seu marido e seus dois filhos pequenos.

“Filho da Mãe” é um documentário sensível, que começa na comédia e mantém ela mesmo com a seriedade dos acontecimentos que relata.