Crítica: Nosso Amigo Extraordinário
“Nosso Amigo Extraordinário“, lançado pela Synapse Distribution, conta com um elenco apaixonante e vai muito além de uma simples história de invasão alienígena.

A comédia dramática revela a rotina pacata de um idoso que vive sozinho até o dia em que um extraterrestre cai em seu jardim. Com um time de atores ideal, os protagonistas são cativantes e muito bem desenvolvidos, tornando o roteiro convidativo. Jules, o ET, conquista o público com seu charme e fofura, mesmo sem falar uma palavra.
O longa tem uma ideia que, à primeira vista, parece comum, mas a maneira como mostra os conflitos familiares dos personagens enquanto eles lidam com a chegada de um estranho é excepcionalmente magnética. Mesmo sendo um filme curtinho, ele consegue aproveitar habilmente o tempo e me deixou bastante envolvido e emocionado com os temas que aborda. Com certeza, gostaria de ver um pouco mais desse conto tão tocante, que na minha opinião, daria uma excelente minissérie.
Seguindo títulos como “O Pior Vizinho do Mundo” e “Tudo o que Tivemos”, o enredo levanta tópicos relevantes para pessoas idosas, como abandono familiar, doenças, sexualidade, amizades e sonhos. Mesmo que esses pontos não sejam retratados de forma muito aprofundada, eles contribuem para que o espectador se conecte com a narrativa.

É maravilhoso ver como a maquiagem prática ainda pode resultar em ótimas produções. A caracterização do curiosíssimo ser de outro planeta, apesar de bizarra, é adorável e acrescenta um encanto especial à trama. Além disso, a trilha sonora é incrível e complementa perfeitamente as cenas cômicas e melancólicas.
“Nosso Amigo Extraordinário” pode não ter algo totalmente inovador, mas combina de um jeito inteligente assuntos importantes com a vinda de um alienígena inofensivo à Terra. É uma opção super leve, com um toque de sentimentalismo na medida certa.
Texto por Pedro Barbosa.





