Crítica: Sex Education – 3ª Temporada
“Sex Education” é um dos maiores sucessos atuais da Netflix, e essa temporada prova novamente o motivo de tudo isso! Mas ainda sim, até onde a história pode ir?
Essa temporada está mais “sexual”, mas também é a evolução natural das coisas. Se no início as coisas giravam em torno das dúvidas dos jovens, a medida que a história se desenvolvia, esse lado físico perdeu espaço para os debates psicológicos e sociais. E isso fica bem claro com a chegada da nova diretora, uma personificação do retrocesso de tudo que debateram e aprenderam.
Otis e Maeve ainda formam um casal platônico, e, dado o final, acho interessante que fiquem dessa forma. Afinal, por mais que sejam próximos e amigos, é com eles que vemos o quão arriscado são algumas escolhas que fazemos. Otis por se afastar da clínica e pensar como, agora, “não é problema dele” tudo que acontece. E Maeve, que quase perde uma oportunidade pelo receio de não ficar com ele. Escolhas e consequências!
E essas escolhas e suas consequências ficam ainda mais claras quando decidem tomar atitudes contra a nova diretora. Lutaram sim pelo que acreditavam, mas também vão ter que lidar com essa consequência. E esse detalhe é que deixa as coisas no chão, pois por mais que as tramas sejam engraçadas ou quase imaginárias, há momentos que voltamos para a “Terra” e vemos que ainda são bem reais os temas e debates.
“Sex education” trilha um caminho satisfatório, que cresce junto com os personagens e tem coragem de abordar outros assuntos, enquanto deixa a premissa inicial de lado. E isso é evidenciado com a destruição do banheiro, onde tudo começou. Agora, prestes a se formarem, cada vez mais teremos emoções e como lidar com elas.
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