Crítica: O Corcunda de Notre Dame
“O Corcunda de Notre Dame” é um caso bem exótico entre os filmes da Disney. Afinal os pais não achavam infantil o suficiente, nem adulto o suficiente.
Feito na década de 90, o filme realmente ganha outro ar avaliando com o conhecimento de hoje. Dessa forma, a fórmula clássica da Disney, de ter um protagonista e seus sidekicks em uma aventura de aprendizado, com uma pitadinha de musical, se torna ainda mais sério até mesmo pela letra delas. Afinal, a perseguição ao povo cigano, a humilhação sofrida pelo Quasimodo e a obsessão de Frollo por Esmeralda é de arrepiar.
Talvez até por isso ele sofreu esse limbo de público em seu lançamento. Pois as crianças mesmo interessadas, não tinham a liberdade para assistir já que seus pais o consideravam muito sério. Por outro lado, os adultos com o pensamento de “animação é de criança” não assistiam ao filme. Um filme que não é infantil o suficiente, tão pouco adulto o suficiente.
Assustador é, talvez, ver que 20 anos demais o filme ainda é atual. Temas que hoje são abordados, tem interpretações na animação. Frollo, por exemplo, que culpa Esmeralda por sua obsessão. Ela, que pouco importava com a existência, é considerada a culpada pela luxúria, seu pecado. Quasimodo também sofre com Frollo, mas também na vila durante o evento do festival. O que começa com alegria ao conhecer o mundo fora da catedral, se torna terror. Afinal, rapidamente ele passa a ser humilhado por conta de sua deficiência. Entretanto, e interessante reparar, que tal agressão não parte dos impuros ciganos, mas daqueles que supostamente defendem o certo.
“O Corcunda de Notre Dame” pode não trazer as músicas mais memoráveis, mas de certo nos deu o gif de Esmeralda pedindo por justiça.
Filme muito interessante
Otimo desenho.
Legal
Muito divertido.