Crítica: Laços de Afeto
“Laços de Afeto” conta a história de Leone, um garoto criado por dois pais na Itália e que até hoje lutam pelo reconhecimento de sua família.
O maior trabalho da escola de Leone é um vídeo. Ele e seu amigo decidem falar sobre a história de Leone e sua família, do nascimento aos dias atuais. Porém, uma das maiores questões é o fato dele ser filho de dois pais. Por conta da legislação italiana, Leone tem uma mãe americana. Com o passar do tempo, tiveram momentos de sucesso e derrota, mas sempre relacionados com a autorização do nome de seus dois pais estarem na certidão, sendo reconhecidos como tais. Mas enquanto o trabalho acontece, outros segredos surgem e a dinâmica da família muda.
O tema principal pode parecer a questão do fato que Leone é criado por dois pais, mas vai além disso. O filme trata de afeto, dos diferentes tipos, e de família. Por mais que o início foque na adoção, logo já vemos questões de comparação e até verbalizado “famílias como a sua”. Aqui o tema é família, que apoia, briga, entende, compreende, se une e se desfaz.
Além disso, outros temas orbitam a comunidade e estão presentes. A descoberta, por meio de um dos colegas de escola. Também a suposição de que Leone é gay, por ter pais gays. São detalhes deixados para impulsionar a trama e complementar tudo. É leve, discreto, mas feito com cuidado de uma forma que, ao discurso final, tudo ganhe uma proporção completa de um todo.
“Laços de Afeto” é simples, sensível e dosado de forma correta. A adoção é um tema complicado, ainda hoje, em diversos países. Assim, essa realidade se faz presente na vida de muitos casais gays, apesar das facilidades que alguns países possam oferecer.