Crítica: M3GAN
“M3GAN” é outro brinquedo assassino, mas é tudo que o “remake” de Chucky sonhava em ser e fracassou miseravelmente.
Cady está indo para uma viagem com seus pais para esquiar. No entanto, por conta do tempo e uma discursão dos pais, eles param na estrada e são atingidos por um outro veículo. Cady sobrevive, mas seus pais morrem. Gemma trabalha em uma das maiores empresas de brinquedos e está sofrendo pressão de seu chefe para lançar uma versão mais barata de seu mais recente sucesso. Por ser a parente mais próxima, é ela quem o hospital aciona e acaba tendo a guarda da sobrinha. Porém, quando os avós passam a querer a guarda, Gemma recorre a M3gan, uma androide, para tornar a vida de Cady melhor e, também, lançar seu mais novo sucesso.
Desde o material promocional, o filme já chamava atenção. E, ao assistir, o destaque está realmente na criação da androide. Apesar da justificativa que, se analisarmos bem, podia ser facilmente resolvida, ela funciona para a proposta. A mistura dos efeitos especiais com atuação deixa tudo um bizarro, mas um bizarro justamente por conta da proximidade com o que consideramos possível. Ela é um robô, mas age como humana e a aparência convence.
Essa filme aposta em fazer das mortes pontuais. Nenhuma das vítimas é simplesmente uma vítima. Em um aspecto, mesmo que mínimo, a ação da androide é justificada pela sua forma de agir. Por isso, esse terror diminui a carga do medo, equilibra com o drama e ganha um destaque pelo humor.
“M3GAN“, da Universal, é o primeiro grande nome do cinema prometido para 2023 e, para um grande alívio, atinge as expectativas e entrega o que promete, e muito mais.