Crítica: Prisma
“Prisma” é uma série italiana tímida dentro da catálogo da Amazon, mas que aos poucos vem ganhando espaço e o público.
Andrea e Marco são gêmeos, mas agora estudam em salas separadas. Cada qual com sua maneira, enfrentam questões pessoais que implicam e afetam todas em sua volta. Um deles é um atleta incrível, mas sofre com a pressão e tem histórico de se ferir por conta do bullying. O segundo é popular, contudo vende drogas para juntar dinheiro e fugir de casa. Apesar de parecerem distante, os problemas de ambos são consequências diretas de suas relações.
Por ser uma série teen, o ambiente escolar é bastante presente. Os colegas de classe, os crushs da adolescência, as atividades extras e os dramas pessoais. Marco lida com o primeiro namoro, mas seu arco é apagado pelo drama do irmão. Andrea está se descobrindo. Ele já namorou uma menina e foi traído, mesmo durante esse namoro se vestia com roupas femininas. Depois, quando viaja com Nina e se sente mais livre, chegam a ficar e isso confunde ambos.
A maior questão é que Andrea postava, em um perfil anônimo, algumas das fotos. Com o tempo ele passou a conversar com um garoto e, aos poucos, se apaixonam. Claro, o garoto pensa que ele é uma mulher. E para piorar, ele também é de sua escola e um dos maiores responsáveis por toda a perseguição que seu irmão sofreu antes. Mesmo parecendo uma confusão completa, tudo é tratado de forma bem séria e madura. Temos a presença de adultos, diálogos entre pais e filhos, além de um serviço de ajuda.
“Prisma” é um tesouro que a Amazon tem mantido escondido, o que não devia. Mas admito, é a primeira série que tenho problema em identificar qual gêmeo está na tela.